Ficção Científica Brasileira
Comparar
Durante o período de 1964-1985, a ditadura militar no Brasil impôs uma política drástica de industrialização e desenvolvimento econômico ao país. Por suas ligações com a ciência e a tecnologia, a brazilianista Elizabeth Ginway, professora de Literatura Brasileira, na Universidade da Flórida, Estados Unidos, acredita que a ficção científica é o veículo ideal para o exame da percepção e do impacto cultural do processo de modernização no Brasil. Freqüentemente associado à floresta amazônica, praias tropicais sem fim, e às festividades do Carnaval, o Brasil pode ser visto como um lugar improvável para o surgimento da ficção científica, todavia desde a década de 1960 os escritores brasileiros têm experimentado com o gênero, timidamente, a princípio, mas depois se atirando a ele com ímpeto. O livro da professora Ginway traça um painel da ficção cientifica escrita no Brasil entre 1960 e 2000, fornecendo uma observação única da moderna metamorfose do país, no instante em que se vê na periferia do mundo globalizado. Visto que a ficção científica, como a própria tecnologia, é algo importado no Brasil, ela serve como um valioso barômetro da reação cultural às mudanças dramáticas que o país quando evoluiu da 50ª para a 10ª maior economia do mundo entre 1960 e 2000. O estudo mostra que uma leitura da ficção científica brasileira, baseada no seu uso de paradigmas anglo-americanos (o robô, o alienígena, a espaçonave, a cidade, e a terra devastada, etc.), e de mitos culturais brasileiros (o mito da terra fértil, o povo dócil e feliz, grandeza política e geográfica etc.) fornece uma observação única da moderna metamorfose do Brasil, no instante em que o país se vê na periferia do mundo globalizado.
Mais Informações | |
Páginas | 296 |
Formato | 16 x 23 |
Capa | Brochura |
Cor | Preto e Branco |
Fazer um comentário
Seu Nome:Seu Comentário: Obs: Não há suporte para o uso de tags HTML.
Avaliação: Ruim Bom
Digite o código da imagem: