A Cidade e as Estrelas

A imaginação do renomado escritor inglês Arthur C. Clarke marcou para a sempre a ficção científica com uma obra das mais visionárias: romances clássicos como O Fim da Infância, 2001: Uma Odisseia no Espaço e Encontro com Rama. 2001 resultou da colaboração de Clarke na produção do filme homônimo, dirigido por Stanley Kubrick e considerado até hoje um dos melhores de todos os tempos — como na recente pesquisa do British Film Institute (http://www.bfi.org.uk/news/50-greatest-films-all-time) que o colocou em sexto lugar.

Antes de todos, porém, veio esta obra que nos leva a uma inigualável projeção da jornada da espécie humana ao futuro mais longínquo. Lançado originalmente em 1956, A Cidade e as Estrelas (The City and the Stars) é expansão e aperfeiçoamento de Against the Fall of Night, o primeiro romance de Clarke, publicado na revista Startling Stories em 1948 e depois em livro em 1953. Esta edição da Devir publica pela primeira vez no Brasil o prefácio de Clarke explicando porque reescreveu o romance e em que circunstâncias.

Em A Cidade e as Estrelas a humanidade conquistou o Universo para em seguida abrir mão dele e recuar para um último enclave utópico na superfície de uma Terra devastada. Diaspar é a última cidade humana, construída para funcionar ela mesma como um computador que provê todas as necessidades dos seus cidadãos — eles mesmos reduzíveis a informações digitais na matrix dos seus Bancos de Memória.

A hipertecnologia de Diaspar manipula a matéria, o tempo e o espaço. Mas os limites da cidade eterna, seus muros mais exteriores, são imutáveis e intransponíveis, e foram erguidos também nas mentes dos seus moradores. Assim tem sido há um bilhão de anos.

Até que Alvin, o único homem a nascer em Diaspar em um milhão de anos, se lança à tarefa de deixar os muros da cidade e descobrir o que existe além dos desertos — e além da própria Terra.

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